quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Oscar

Confira os indicados à 'Melhor Maquiagem' e saiba porquê o computador foi o grande desafio na escolha dos jurados.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou hoje a lista dos indicados à categoria de Melhor Maquiagem da 84ª edição do Oscar, que acontecerá no dia 26 de fevereiro no Kodak Theater, em Los Angeles, e contará com transmissão ao vivo em mais de 225 países. Estão na disputa pela estatueta:

"A Dama de Ferro" - maquiagem assinada por Mark Coulier
"Albert Nobbs" - maquiagem assinada por Matthew W. Mungle
"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2" - maquiagem assinada por Charlotte Hayward
Não foi nada fácil decidir quais filmes seriam os finalistas, e a questão nem foi o grande número de longas que estrearam em 2011. A grande dificuldade foi discernir o que era realmente maquiagem e o que eram efeitos digitais.
Parte do trabalho do jurados do Oscar é ter certeza de que as maquiagens e próteses foram aplicadas "à moda antiga" - leia-se: com pincéis, mãos e não por algum programa de computador. Em matéria publicada no site do jornal Los Angeles Times, eles contaram um pouco como foi o processo.
"Como as imagens de computador estão ficando cada vez melhores, é muito difícil para nós dizermos o que é maquiagem e o que é um efeito de computador", comenta o designer de efeitos especiais Matthew W. Mungle, que usou maquiagem e próteses para tornar Glenn Close em um homem no filme "Albert Nobbs".
Entrar em contato com maquiadores e cabeleireiros para perguntar se houve algum tipo de trabalho digital é a principal forma para esclarecer as dúvidas. Porém, muitas vezes os maquiadores não sabem dizer se seus trabalhos foram mexidos na pós-produção e, nesse caso, supervisores de efeitos visuais fazem trabalhos de detetives.
"Há uma responsabilidade de apresentar o trabalho e mostrar o que fizemos. É muito difícil nos dias de hoje saber se a maquiagem foi reformulada, o que levanta questões interessantes sobre o que pode ser considerado para um prêmio ", diz Coulier, que ajudou a transformar a Meryl Streep na ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher no filme "A Dama de Ferro".


A reportagem lembra que as controvérsias em torno dos Oscar de maquiagem não são novidade. O debate sobre o que merece concorrer ou não vem desde quando a categoria Maquiagem foi inclusa na premiação, em 1982. Rick Baker, que ganhou sete Oscar na categoria, tem uma visão particularmente ampla sobre o assunto: ele não só foi o vencedor do prêmio no último (com "O Lobisomem"), como também ganhou o primeiro Oscar da Maquiagem da história (com "Um Lobisomem Americano em Londres")
"Mesmo naquele tempo, antes mesmo de imagens computadorizadas serem usadas, já existia uma certa discussão sobre o que era ou não maquiagem. Recursos digitais estão em todos os filmes agora, é difícil definir uma linha", pondera Baker que continua se entitulando maquiador, mas também cria trabalhos digitalmente. "Sou receptivo à tecnologia. Todo truque em nossa bagagem é sempre uma coisa boa", completa.
A matéria acaba com uma interessante pergunta e um convite à reflexao: será que no futuro teremos duas categorias diferentes - uma para maquiagem real, outra para aquela criada pelo computador?

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